Centro Médico

O centro médico do quartel, local esse que pela primeira vez me atrevera a visitar, carecendo de cuidados. Não que realmente estivesse machucada, apenas estava maculada pela tola curiosidade. O vestido negro, tão justo ao meu corpo, fazia contraste a todas aquelas cores claras. A maca ao centro me chamou atenção e quando vi, já estava deitada, de bruços, imaginando como seria ser tratada naquele local. Acreditem ou não, jamais cheguei a tais extremos em minha saúde, ao contrário, havia provocado isso em outras pessoas, era divertido causar a dor.
-Até que não é tão mal precisar de atendimento médico... - debochei, sorrindo maliciosamente em seguida, ainda de bruços, lentamente fechando os olhos.
Que silêncio infernal, pensei, será que não há ninguém tratando daquela maldita colunista? Eu poderia me divertir, mas deixá-la em mal estado antes que a Lady a veja não é algo inteligente de se fazer.

Estava devaneando, sequer pude perceber qualquer movimento, nem mesmo a menor suspeita de aproximação. No entanto, fui surpreendida ao sentir fortes arrepios vindos da minha perna, causados por toques, foi como uma corrente elétrica que percorreu meu corpo inteiro.
-Ui! - um grito cômico que antecipou uma queda. Fui ao chão devido ao susto e salva pelo reflexo de qualquer lesão grave. -Que maldição! - praguejei, furiosa pela situação inesperada. Quando olhei em volta, mais exatamente na direção da maca, vi um homem que até então jamais havia visto. Loiro, traços selvagens e olhos de anjo. Só os olhos, pensei, que audácia! -Por culpa sua eu caí. Para o seu bem, é melhor que me coloque novamente em cima dela. - disse friamente, ameaçadora, ainda no chão e sem notar que meu vestido Tomara Que Caia já exibia parcialmente o sutiã branco.

Ou ele é surdo ou muito abusado, sinceramente! Sem falar que joga baixo, até demais. Veio para cima de mim, mas não foi para colocar-me novamente sobre a maca. Suas ações maliciosas logo aumentaram a temperatura do ambiente, já estava arrepiada com sua mão deslizando em minha perna e sua boca cujo único propósito era me deixar louca.
-Não foi isso que eu disse para fazer... - murmurei manhosa, inquieta, porém me movimentando lentamente.
Senti que meu vestido já não protegia tanto meu sutiã claro quanto antes. Que inferno, por que eu tenho que ser tão sensível a esses toques? Ao mesmo tempo que queria matá-lo, também estava cedendo àquela situação.
-Nem ao menos sei o seu nome, maldito. Como... - arfei antes de continuar a murmurar desejosa - Como pode ser tão atrevido?
Travei sua mão para evitar que descesse mais o meu vestido.

Estava ficando excitada, ele quase não parava, mas quando parou uma única vez, foi para jogar em mim palavras repletas de deboche. Maldito. Avançou muito rápido sobre os meus lábios e então pude sentir sua boca, impaciente vasculhei até encontrar sua língua. Que se dane, não iria impedi-lo de explorar meu corpo, mas em contrapartida não ficaria quieta, esse não é o meu estilo. Enquanto sentia que meus seios estavam expostos, com uma das mãos apalpava por cima da calça, de encontro ao volume e não satisfeita o apertei.
-Uh... Alguém está animado aqui... - debochei, olhando em seus olhos, nossos azuis sincronizando-se. Em seguida, fui eu quem deu início ao beijo, nosso segundo beijo e nele coloquei intensidade. Agarrei sua cintura com ambas as pernas e com um impulso forte para o lado, deixei ele por baixo e fiquei por cima. Me sentei em seu colo, segurei em suas mãos e as coloquei em meus seios, enquanto o olhava e desabotoava delicadamente sua camisa de início... Até me cansar e puxar com força, arrebentando os demais botões. Arranhei seu peito, suficiente para marcar. Era bom que ele soubesse, estava lidando com uma verdadeira pantera.

O tapa que recebi despertou todo o meu instinto selvagem por instantes, eu quis rasgá-lo com minhas unhas, mas depois percebi que era tarde, estava dominada, por ele e pelo que me causava. Me chamou de cachorra e nesse instante o olhei toda manhosa, inocente, eu conseguia parecer um anjo facilmente quando queria, mas sabia que aquele homem não cairia nessa. Era diferente de todos, uma fera insaciável... Bom, ainda não posso afirmar isso, é o início...
-Own... - gemi em seu ouvido e mordi sua orelha em seguida no instante que subiu meu vestido. Usando um fio dental branco, sabia que meu bumbum já estava exposto, safado... Uma de minhas mãos escorregou sorrateiramente até o zíper da sua calça e o abriu enquanto nossos lábios estavam unidos intensamente naquele beijo. Não satisfeita, vasculhei até encontrar o que queria, por baixo da sua cueca, então fui apertando-o suavemente, deslizando minha mão sem qualquer pudor, queria sentir o quão pronto ele estava...

Nada daquilo me satisfazia por completo, ainda que fosse ótimo. O problema maior é que eu não sei o que realmente pode me deixar satisfeita, mas preocupar-me com isso só tenderia a atrapalhar-me nos serviços para minha lady, o que jamais iria permitir. Me vesti adequadamente e deixei aquele local que de início admirei, mas no fim, já não fazia sequer a menor diferença.